Os Portugueses, desde a sua chegada ao Brasil em 1500, procuraram ouro e pedras preciosas, mas, só passados quase dois séculos, no final de 1600, é que descobriram as possantes jazidas de ouro na região posteriormente apelidada de Minas Gerais. A corrida ao ouro trouxe inúmeros exploradores e aventureiros à região que, olhando para o chão, não tardaram a encontrar os almejados diamantes em enorme e inédita quantidade, no primeiro quartel do século XVIII. É esta descoberta que explica a mudança de paradigma na joalharia, que passa a ser definida não pelos metais preciosos, mas sim pelas pedrarias, conferindo aos cravadores um protagonismo singular.
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Ouro e Diamantes do Brasil
Introdução
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Pepita de ouro nativo
Brasil, Goiás (?), séc. XVIII (2.ª met.)
Ouro aglomerado com quartzo e óxidos de ferro 19,0 × 24,5 × 18,5 cm; 20 391 g
Conta-se que, na segunda metade do século XVIII, em Goiás, no Arraial de Água Quente foi achada uma grande pepita com semelhante peso e que, dada a sua raridade, foi enviada para a Ajuda, em Lisboa. Também conhecida como “torrão”, porventura devido à sua cor e textura, esta pepita, que escapou às invasões napoleónicas, foi, pela sua raridade e por iniciativa de D. Luís I, exibida em 1876 num baile no Paço da Ajuda.
PNA, inv. 4890
©DGPC/ADF Luísa Oliveira
Ouro aglomerado com quartzo e óxidos de ferro 19,0 × 24,5 × 18,5 cm; 20 391 g
Conta-se que, na segunda metade do século XVIII, em Goiás, no Arraial de Água Quente foi achada uma grande pepita com semelhante peso e que, dada a sua raridade, foi enviada para a Ajuda, em Lisboa. Também conhecida como “torrão”, porventura devido à sua cor e textura, esta pepita, que escapou às invasões napoleónicas, foi, pela sua raridade e por iniciativa de D. Luís I, exibida em 1876 num baile no Paço da Ajuda.
PNA, inv. 4890
©DGPC/ADF Luísa Oliveira
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Diamante em bruto
Brasil, Minas Gerais, séc. XVIII (finais)
Diamante 25,1 × 13,9 × 11,4 mm; 35,80 ct
Este exemplar é um fragmento de um diamante bastante maior do qual se pensa também ter feito parte um outro, citado historicamente ao longo dos séculos XVIII e XIX com 135 quilates e que, na pesagem de 1911, por ocasião do Arrolamento dos antigos paços reais, foi aferido em 27,7 g (138,5 quilates). A cor acastanhada deve-se à presença de impurezas ferruginosas à superfície, testemunhos do contexto geológico sedimentar onde jazia. Este diamante é potencialmente incolor.
PNA, inv. 4876
©DGPC/ADF Luísa Oliveira
Diamante 25,1 × 13,9 × 11,4 mm; 35,80 ct
Este exemplar é um fragmento de um diamante bastante maior do qual se pensa também ter feito parte um outro, citado historicamente ao longo dos séculos XVIII e XIX com 135 quilates e que, na pesagem de 1911, por ocasião do Arrolamento dos antigos paços reais, foi aferido em 27,7 g (138,5 quilates). A cor acastanhada deve-se à presença de impurezas ferruginosas à superfície, testemunhos do contexto geológico sedimentar onde jazia. Este diamante é potencialmente incolor.
PNA, inv. 4876
©DGPC/ADF Luísa Oliveira
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